Você pode até achar que não, que pode parecer precipitado, mas namorados precisam falar sobre finanças e dinheiro desde o início do relacionamento. Isso porque há uma diversidade de visões a respeito do assunto, e ninguém quer ser pego de surpresa dentro de uma convivência onde o consumo, o gasto, o desperdício esteja instalado principalmente por apenas um dos lados.
Existe até a recomendação de que se a visão de ambos for antagônica quanto ao assunto, e que entenderem que não vão mudar a forma de ver do outro, que nem apostem muito no relacionamento. Pode parecer duro, mas é melhor assim do que ter que abandonar tudo após um longo tempo de tentativas e discussões.
Na vida moderna convencionou-se que a igualdade entre os gêneros é viável. Por isso, é importante estabelecer previamente definições como quem paga a conta do restaurante, as entradas do cinema, se vão dividir ou não as despesas da viagem. E também, claro, o quanto da renda total vai para a reserva financeira. Os presentes não podem ter preços muito diferentes e o que fala mais alto, nesse momento, é o equilíbrio.
Pode parecer nada romântico, mas diferenças brutais quanto à visão sobre dinheiro são mais importantes do que outras áreas do relacionamento. Isso porque uma pessoa que foi criada sem economizar, ganhando tudo dos pais e não sabendo o quanto custa ter algo poderá ser um problema de difícil solução num relacionamento mais duradouro. A gente se acostuma com praticamente tudo. Agora, viver sempre no “pindura”, em situação financeira caótica, é porta aberta para a dissolução da relação. Namorados, ficantes, casais: não pode haver segredo sobre dinheiro.
Se você vai receber uma diferença salarial, uma gratificação, participação nos resultados da empresa ou até um direito atrasado, é honesto que a outra parte saiba. Só assim, sem segredos, se consegue uma vida financeira plena.
Finalmente, se o casal já está pensando no próximo passo, como traçar objetivos para o casamento, como administrar o dinheiro? Conta-conjunta ou individual, separada? Aqui é indiferente, desde que não haja segredos.
A pergunta a ser feita é: se o casal vai passar a morar juntos e não haverá mais essa de “é meu” e “é seu”, por que a conta bancária deveria ser individual? Coerência é bom, e as pessoas gostam. Agora, o cuidado é sempre evitar a “infidelidade financeira”, um mal que está ficando famoso por destruir relacionamentos.
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