O presidente Jair Bolsonaro sancionou, na noite da última quarta-feira (03) a lei que aumenta de 40% para 45% a margem para empréstimos consignados a pensionistas e aposentados do INSS, e estabelece a possibilidade de beneficiários do Auxílio Brasil e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) tomarem crédito em cima desses recursos. Mas será que isso é interessante?
O Brasil conta, atualmente, com mais de 62 milhões de pessoas com problemas de inadimplência. Boa parte disso se deu por conta do completo desconhecimento sobre como funciona o sistema financeiro. As pessoas acham que tomar dinheiro é simples – e em boa parte dos casos é -, que isso não produzirá efeitos futuros, mas a realidade é bem diferente. A Selic (taxa que baliza a cobrança dos juros bancários) está em 13,75% ao ano, um patamar altíssimo, e que foi vista pela última vez em 2016. Se um empregado toma crédito tendo um salário que não acompanha nem o aumento da inflação já dá para antever o problema que essa decisão vai gerar.
No caso da necessidade de buscar empréstimo, normalmente as condições do consignado são melhores que um empréstimo comum: juros mais baixos e número de parcelas maior. Mas é sempre bom lembrar: será mais uma obrigação bancária. Terá que ser paga.
Portanto, fica a dica: se não for necessário, de extrema urgência, não contrate. Não comprometa seu futuro sem uma necessidade real. Seu bolso agradece.