Segundo a nota do presidente da República e da SECOM, a tal poupança regional seria “uma reserva financeira comum entre os países do continente sul-americano, reunindo os bancos de desenvolvimento”. A declaração foi feita pelo presidente brasileiros a onze líderes regionais em Brasília, em 30 de maio. Na teoria, como sempre, tudo bonito. Porém, há problemas:
1º em nenhum momento foi demonstrado ou esclarecido como essa reserva seria constituída (de onde sairiam os fundos) e implementada;
2º o foco da decisão é a ampliação da cooperação econômica regional, com a criação de uma “efetiva área de livre comércio regional”. Foi citada também a utilização da “poupança regional no desenvolvimento econômico e social” dos participantes. Ou seja, mais uma estrutura de livre comércio na região com fortes chances de não funcionar;
3º se um dos objetivos é mesmo o desenvolvimento social da região, o grupo terá problemas: Venezuela, Bolívia e Argentina vivem momentos de extrema pobreza e a população não tem atendidos seus direitos e necessidades mais básicos. Será preciso, nesse caso, muito dinheiro.
O que se conclui que estamos, novamente, diante de mais um dos discursos eleitoreiros do Presidente (apesar de essa época já ter passado) em detrimento do ataque a problemas bem mais urgentes.