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OS ESCRAVOS MODERNOS NÃO ESTÃO ACORRENTADOS

“Os escravos modernos não estão acorrentados. Eles estão endividados”.

Uma matéria de 21.08.2020 do jornal diário britânico The Guardian, se referindo à dívida soberana da Nigéria, apresentou a citação que vai no título deste artigo. O colunista Dan Agbese foi muito feliz em fazer uma relação do nível da dívida nigeriana com a capacidade do país em cumprir com elas. Mas não é do problema do país africano que quero tratar aqui.

Essa citação, de autoria controversa, se aplica como uma luva ao inadimplente brasileiro. Em levantamento recente, a Confederação Nacional de Comércio, Bens e Serviços (CNC) – através de sua Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) – constatou que apenas no Estado de Goiás há 2,3 milhões de pessoas inadimplentes (aquelas que estão com contas em atraso há mais de 90 dias). Desses, 11,3% se consideravam muito endividados, e outros 18,6% mais ou menos endividados. Isso mostra que 60,5% das famílias goianas empilham dívidas.

Surpreendentemente ou não, os inadimplentes acumulam a maior parte das dívidas (80,3%) no cartão de crédito(!). Os carnês de lojas (43,2%), o crédito pessoal (10,3%), o financiamento de carro (6,3%) e o cheque especial (4,3%) também entram na lista. Isso comprova que o brasileiro não sabe usar o dinheiro de plástico. Dessa forma, se torna presa fácil de administradoras e bancos. E é aqui que começa a ruína.

As pessoas sabem trabalhar. Trocam suas capacidades por dinheiro (salário). Geralmente, a felicidade termina aqui: após ter tomado decisões anteriores temerárias, o trabalhador passa – a partir de algum momento – a ter que dividir o produto do seu esforço com a banca. Os juros são absurdos, a legislação não ajuda o devedor. O cidadão assina uma série de documentos sem ler, autoriza o banco a interferir na sua conta (o deplorável débito em conta) por simples comodidade e, assim, dá carta branca ao banco para pegar o que é dele em primeiro lugar, antes do atendimento das demais necessidades da família. Isso não é uma forma de escravidão? Elementar que sim. Você fica ‘preso’ àquelas decisões lamentáveis e se vê numa ciranda sem solução. O consumismo, o imediatismo e o desconhecimento trabalham juntos para inviabilizar a vida daquela pessoa.

Um fim melancólico para quem um dia imaginou um futuro feliz pela frente.

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