Segundo dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), aproximadamente 65% de tudo o que é produzido e consumido no Brasil chega no destino final por meio de rodovias. Uma pesquisa da CNT com empresas do segmento de transporte rodoviário de carga divulgada neste ano também revela que, em média, 99,89% dos veículos empregados por essas companhias são abastecidos com diesel. Aí está o motivo pelo qual o alto preço do diesel interfere na nossa vida. Apesar dos esforços do governo federal, o modal rodoviário ainda é prevalente na economia brasileira.
“Basicamente todos os bens que consumimos, seja por lojas físicas ou e-commerce, acabam tendo o seu preço afetado com a alta do diesel de forma direta ou indireta”, pontua o professor de economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Mauricio Weiss.
No acumulado do ano até junho, o IPCA, principal índice brasileiro de inflação, subiu 5,49%, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período, o grupo de transportes é responsável pela terceira maior inflação, sendo o óleo diesel o item que registra a maior alta (33,39%), seguido pelo gás veicular (23,80%). A gasolina, por sua vez, em 2022, subiu 8,06%.
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